No vazio das perguntas descubro-me liberdade.
O que de mim se encontro a resposta fatal?
Viver exige um desconhecimento infinito...
Amplo, irrestrito, invencível.
Aos diabos com os completos,
os que precisam de muletas que os prendam ao viável.
Existir é estar de fronte ao impossível.
Ah Prometeu...
O fogo que roubaste condenou-nos ao mesmo destino.
Renascemos a cada dia para sermos novamente devorados pela dúvida.
Nos cuidados da infância aprendemos o mundo,
enquanto outros carregavam o fardo.
Já não posso deixar de enfrentar a miséria humana.
E como seguir se já não há estrada?
Eu nessa ilha cercada de mundo de todos os lados?
Como vivo é tudo que tenho.
Não sei dar lições ou desvendar mistérios.
Sei viver.
Um comentário:
Muito impressionante esse seu poema com uma linguagem que nos envolve, parabéns gostei muito do blog.
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